2010-08-30

Surreal!

Eu diria: surreal.

Pois volto a dizer, diria mais: é mesmo surreal.

Estou a escrever não como uma reclamação, nem mesmo como protesto, afinal, se fosse valia a pena? Estou a escrever só mesmo pela parte cómica da coisa.

Vou então contar-vos uma história, estão prontos?

Atenção, é surreal, estou a avisar.

Pois então, para quem ainda não sabia: bati com a cabeça e fiz dois galos um para fazer companhia ao outro. A questão está em: como? Como fiz eu isso?

Pois bem, esta é a história dentro da história, prometo ser rápida: tive um acidente de automóvel, mas estou bem, só me "abananou" toda, deixou-me toda dorida por um mês e fez-me pensar na vida. Querem saber no que pensei sobre a vida? Bom, isso já é outra história ainda, fica para outra altura. Digo apenas: a culpa não foi minha, mas destruí o carro todo. Ok, segundo o meu marido isso é um exagero, direi antes: a frente toda.

Como a culpa não foi minha o seguro do outro paga. Quem é o outro? Não queiram saber tanto como eu, mas se quiserem saber conto-vos a história toda, mas frente a frente, com gestos e tudo.

Pois episódio foi dia 6 de Julho, estamos a dia 30 de Agosto e nada resolvido, só o acerto da culpa e o facto de o carro ser perda total.

Eu até sou paciente, mas liguei para lá, lá onde? Para a companhia, mas também não vou dizer o nome (só para não me chamarem de má). Pois, eles perderam os meus documentos uma e duas vezes, fiquei cansada e fui lá pessoalmente.

Entreguei tudo o que pediram dentro da data e já a 5 de Agosto os últimos. Pois, hoje, só parte deles é que estavam digitalizados e sem isso nada feito, foram digitalizaram a dia 27 de Agosto, enquanto isso eu espero.

Até sou paciente, mas perder os documentos duas vezes, esperar tanto tempo e ainda para mais não terem informações concretas para me dar, quando me desloquei até lá e ainda para mais ouvir a seguinte resposta: "Como deve compreender esta época de férias não é a melhor altura". Isto por outras palavras quer dizer: espere. A senhora tem o direito e o dever de esperar e nós de a fazer-mos esperar.

É sempre bom saber que em Portugal as coisas se passam assim.

Se eu tivesse este tempo todo, desde o acidente (6 de Julho) com um carro alugado será que eles continuariam a dormir, ou em férias, ou tratariam do assunto com rapidez para não pagar nem mais um cêntimo?

E se eu por acaso lhes deve-se alguma coisa e dissesse: como devem compreender fui de férias e sabe como é, uma altura muito complicada. Eles cobrar-me-iam os juros sem dó nem piedade. Então porque não funciona na mesma moeda com o contrário? Eles não percebem que quanto mais demoram, mais atrapalha o lesado?

Vejamos, eu não me estou a queixar, só a ver o ridículo da situação.

Digo: surreal.