2011-04-28

Doente Imaginário

Ontem portanto, fui ao teatro. É normal que vá ao teatro, até porque sendo eu alguém envolvida profissionalmente com essa arte: teatro, é bom que veja diversas peças. Como eu costumo dizer, revitaliza, dá-nos uma nova aragem, vemos novas perspectivas, basicamente estamos a alimentar-nos. Sim, porque qualquer profissional deve actualizar-se, estar a par do mundo e do trabalho dos outros. Mas passemos adiante... Foi apenas uma pequena opinião, sendo que o mais importante agora é: Doente Imaginário pela companhia Cabeças no Ar e Pés na Terra  .

Desde já digo: valeu a pena. Gostei.

Agora vou dizer um pouco mais: esta é uma peça escrita já há muitos anos atrás, contudo vem sendo representada, o que quer dizer que deve ter interesse se não já há muito estaria esquecida no tempo. É uma comédia de Molière. Com tantas representações no seu currículo o que faz o público continuar a ver? A encenação, a interpretação, os figurinos e a cenografia que mudam sempre. É a estética de cada grupo criativo que passa quando uma peça vai a palco. O que posso dizer é que foi interessante ver esta peça ontem à noite no Teatro Latino. A encenação estava muito interessante tinha momentos de pura magia e não era ilusionismo. Momentos muito criativos e estudados. Surpresas repentinas e uma forma de construir e desmanchar muito boa - isto percebe-se muito bem vendo.

É sobretudo bom sentir o prazer daquele grupo pelo trabalho apresentado, o teatro faz-se sobretudo de pessoas com amor a este mundo. Isso transparece.

Quanto aos figurinos eles têm mesmo mesmo que agradecer ao TNSJ porque estavam muito bem, quem fez a escolha também está de parabéns.

Tenho mesmo que falar ainda sobre a "aperaltada" cenografia, realmente a simplicidade foi fulcral para mim, uma cenografia despida, onde a cadeira é sem dúvida o ponto brilhante! Contudo aquelas almofadas voadoras são sensacionais.   

Sem mais revelações. Ainda assim o melhor elogio que posso dar é: voltaria a ver.

P.S.: (isto de P.S. parece-me bem! É interessante, não?!) Agora dando um pouco de referência ao post anterior (Este Blog) digo: isto é apenas uma sugestão que não passa da minha voz, mas sobretudo é a minha voz que: vale o que vale.