Quem abdicaria de um emprego que ainda que mal pago, seguro? Num contrato com direitos, aqueles que todos sabem: menos descontos, 14 meses, subsídio de almoço, essas coisas que qualquer recibo verde (pobre) sonha. Paga mal? Que importa se pelo menos existe?
Vamos pensar assim: existem pessoas que fazem isso.
Existem pois, eu sou um exemplo. Agora é o momento em que todos me perguntam, estás tola? Mas o que é isso de mal pago para ti? O mal pago para mim é o valor que me queriam pagar, ponto. Pode até ser o suficiente para muita gente, mas para mim não e com isto não digo que sou mais do que ninguém digo apenas que cada um tem o seu patamar e eu tenho o meu.
Mas ainda assim vou manter-me no mal pago: eu faço sem dúvida trabalhos mal pagos, isso é certo, mas tem de ser algo que me motive por outro lado e que me faça voar mesmo mal pago.
Outro motivo ainda é: vale a pena? O quê? O trabalho a parte financeira e nosso prazer no mesmo. Vale? Se vale, então é um sim, se não então é um NÃO.
Todos precisamos de viver e nesse pacote chamado VIDA inclui-se: gosto, motivação e reconhecimento. Então é isso que procuro, viver o meu sonho.
Nunca pensei numa Licenciatura de Teatro como a mina de ouro porque nem mesmo o é, se na altura foi a paixão por fazer o que se gosta que me fez decidir, no mundo de trabalho também.
Chamem-me louca agora, direi que estão estão certos. Mas é esta loucura que me mantém viva.
A caminho, penso eu |
Crise, qual crise? Estou no meu dela, a senti-la, vive-la e num acto de loucura lá vou eu, ainda, atrás do sonho.
P.S.: Mas lembre-se que se atirar da ponte a probabilidade de morrer é muita.