Gosto muito de sussurrar.
É bom.
Fica dito mas nem todos ouviram, só aqueles que estão interessados ou mesmo atentos. Um bom sussurro na hora certa dá um toque especial à vida. Esta é a minha forma de sentir o sussurro.
No Sábado passado, nas Feiras Francas vi uma instalação intitulada: "Retrato para a eternidade", esta para mim foi um sussurro. Soube bem, e disse-me coisas que talvez não tenha dito a outros.
Retrato para a eternidade foi uma viagem nos diversos tempo: passado, presente e futuro. Do passado e do presente é bastante perceptível, mas do futuro, porquê? Porque a foto não é só uma memórias do passado, ou algo que se quer eternizar no presente é aquilo que queremos ver no futuro.
Contudo, numa pequena conversa com a autora, Marta, uma coisa é o que está enquadrado o resto é outra coisa (o que não é visto). Isto é algo que fica e faz reflectir. Se eu pensar na vida, por exemplo, o que pretendo mostrar? E o que será aquilo que fica fora da fotografia (talvez o privado).
Retrato para a eternidade é uma instalação que me transmitiu muitas mensagem e eu gosto disso.